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Às vezes penso: seriam as fezes do idiota verdes como de búfalos, ou sequinhas como as do catitu? O fato é que o aspecto diz muito sobre o humor de quem as produz, quase como indica a natureza e a qualidade da comida. Multicolor ou de pigmentação hesitante simbolizam mal-estar, do jeito que viscosidade e mau-cheiro são expressões verdadeiras da vontade de não conversar com ninguém. Meça seu desempenho no trabalho pela aparência do que expele no fim do expediente. É um excelente termômetro do estresse.
Entenda a
BOA APARÊNCIA!
• Como amassadas a mãos, marrom-escuro-médio, de buquê nem doce, tampouco azedo, mas equilibrado. Neste caso, as narinas de sua irmã ou de seu pai podem ficar relaxadas ao entrarem no banheiro em seguida;
• Representam o “de bem consigo mesmo”, além de oferecerem as vantagens da boa convivência profissional, vez que não se anunciam em peidos fedorentos;
• Proporcionam mais prazer ao serem expelidas (sem dúvida, compare às pastosas!).
Vê como é importante falarmos desse assunto. Macau
Meu esfíncter se abriu como uma boca esfomeada, assim que o bolo emparedou, preparando-se para aliviar-me. Eu estava naquele banheiro enorme da firma, com o bidê e o box de um lado, e o vasto espaço do outro, azulejado em branco-frigorífico. Há nesse lado vazio duas portas, uma de frente para outra, entrada e saída.
Começara a cagar quando me abre uma das portas um funcionário. Ele entra e sai pela porta da frente, deixando as duas abertas, sem me perceber ao vaso. Mais empregados começam a atravessar o banheiro e nenhum sequer olha pra minha cara enrijecida de quem caga duro. Eu tampouco me importava com aquela gente de crachá, entrando e saindo, como se a velocidade do andado representasse bônus no soldo. E observava tudo tranquilamente, até gostava de vê-los.
O celular de um executivo toca durante a travessia. Ele atende e pra poder conversar melhor sai da rota, tapa o outro ouvido com um dedo e se aproxima do vaso. Vem falando sobre questões da empresa, olhando pra mim e acena, insinuando que precisaria de uma conversa rápida.
Meu ânus alarga-se novamente, desta vez para a liberdade de um torrão denso e pesado, que apontou o bico justamente quando eu recebia os cumprimentos do executivo, um diretor da firma. Aquele justo homem me parabenizava pelo meu último relatório e, apesar de não ter deixado claro, sugeriu uma promoção. Despenca o tolete, o diretor se retira e os funcionários começam a me olhar diferente. Em represália, ignorei a descarga. Maqal
Agora mesmo estou em dúvidas: não sei se corto os pulsos ou mando aquela bronha com gel lubrificante. Tudo porque descobri ontem algo então secreto para mim e que completamente me consome nada mais que a pica: sou tarado em aeromoças. Não importa se feias ou bonitas, quero comê-las todas. O que não havia entendido é qual é a graça, mesmo porque do menu nada ainda havia experimentado.
Agora quem realmente sofre por essa tortura sexual é meu querido membro rijo que cá me ajuda com a barra de espaço na digitação deste. Está todo esfolado nas beiradas.
Com mais sangue na cabeça de cima, pus-me a imaginar: a graça nas aeromoças é a mesma de qualquer mulher: os gemidos contidos, as coxas quentes e roliças, os mamilos assanhados apontando os dedinhos, os glúteos apetitosos, as unhas nas costas, a certeza de encontrar lábios novos para beijar e o “me fode gostoso”.
Mas depois de um banho quente pude reparar em algo que as faz deveras atrativas: são prestativas ao extremo, quase tanto quanto prostitutas. É certo: não servem sexo aí a torto e a direita, mas ao menos não lhe roubam o dinheiro da carteira quando sai nu para um mijão.
Recordo meu vôo em completo regozijo. Na rampa em direção à aeronave, claro, sempre há mulheres a seu lado que hão de pegar o mesmo vôo. Mas nenhuma das passageiras tinha aquele sorriso de “quero casar com você” como o da primeira aeromoça com a qual me deparei logo na porta do avião.
Em meio a um universo de desconhecidos, extremamente impessoal, sentei-me obediente em minha poltrona, seguindo a marcação: 13A. E guarde bem: se tiver sorte, não terá ninguém ao seu lado, as poltronas vizinhas ficarão vagas. Se por um acaso cair na janela para poder ver o lado de fora da decolagem, não se afobe em apertar logo o botão alaranjado sobre sua cabeça. Conserve os primeiros minutos para observar – a emoção do empuxo fará bem para sua pressão sangüínea.
Mal me acomodei, lá veio outra aeromoça com mais agradinhos: uma bandeja cheia de balas toffee. Morena, seios fartos sob uma blusa branca e protegidos por um sutiã com aro de metal para sustentar os melões. Com atenção via-se que sem a maquilagem que lha betumava a cara não restaria tão provida de beleza. Mesmo assim queria que ela chegasse logo para que eu confirmasse que aqueles olhos brilhantes me diziam a verdade: que ela tinha um belo rabo quente. “O senhor aceita?” “Mas é claro!” Meti a mão na botija dela e tirei quantos doces quis para lambuzar-me os lábios.
E que rabeta estufada em sua saia azul!
Ah, agora me recordo de outro atrativo nessas belas donzelas do ar: o agrado que me causa quando elas flagram alguma irregularidade, como um celular que toca preste à decolagem, um cinto de segurança desatado. Com uma ríspida doçura, seguida de um “por favor”, ordenam ao passageiro que siga as normas. Há algo também que não se pode deixar de relatar: elas sabem que são fetiche, e isso as protege. Mas estou pouco a me foder: imagino logo uma Dominatrix toda de branco e saltos altos me prendendo no banheiro da aeronave com o extensor do cinto para obesos: “Hoje, você vai ser obediente. Quero cavalgar de ré em sua pica!”
Imagine caro leitor, eu em completo devaneio sexual com a Dominatrix Branca pressionei o botão laranja. Rapidamente chegou a aeromoça, a do “quero casar com você”. “Posso ajudar, senhor?”, disse ela, com um sorriso lindo. Não resisti, já via aqueles peitões pulando em minhas palmas: “Um espumoso, por favor!” Ela, sem perder a graça no rosto, olhou para um lado, para o outro, de joelhos ocupou a poltrona vaga e, suavemente, com os dedos delgados desceu-me a braguilha.
Não sei se seria assim com você, mas eu estava com mais sangue na cabeça de baixo que na do alto já ao solicitar o serviço – cumprido com maestria, usando a boca e as duas mãos. O único porém é que tive que gozar em um silêncio violento para não acordar a freirinha que dormia na fila da frente.
É sabido, a assepsia é quase uma religião para essas senhoritas do ar – nada de migalhas no estofado ou guardanapos perdidos. Imagina se ela deixou pingar algo na calça ou naquela gravatinha vermelha de tanto esmero que usam no pescoço? Ao final, os únicos trabalhos que teve foram o de fechar minhas calças e abotoar sua blusa.
Este é o pesar que relato aqui: como posso eu resistir depois de um vôo desses? Não posso ouvir um dos aviões do Santa Genoveva para que minha rola se alarde. O pior é o preço da passagem de avião. Até comprei paliativo: uma roupinha daquelas para alguma desavisada que caia sobre meus lençóis, mas não é a mesma coisa. É tortura não saber quando voltarei a embarcar em mais uma dessas naves de pecado velado sob terninhos brancos e azuis. Já me sinto tonto de novo só de recordar.
Espera, espera, alguém viu por aí meu rolinho de papel higiênico, um já quase no fim? Sentencio: melhor é tirar leite de touro que ordenhar as hemácias dos meus pulsos. Hei de sapecar mais uma, porra! John Howell